Segunda-feira, 26 de Março de 2007
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor, e, no firmamento, passavam cenas da minha vida. Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era o meu e o outro era do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isoo aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que, nas horas em que mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sózinha.
O Senhor respondeu-me:
- Minha querida filha, jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que peguei em ti ao colo.
(enviado por Maria Teresa Garcia)
Autor desconhecido
? Mary Stevenson ou Margaret Fishback Powers ?
http://www.romantichome.net/sonorapegadasnaareia.htm
http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?Id=994
Terça-feira, 20 de Março de 2007
“Sejamos Livres para escolher tudo o que nos torna mais saudáveis no corpo e no espírito”
Ser escuteiro...
Queria saber resumir numa frase o que para mim é ser escuteiro mas creio que é talvez como colocar um elefante dentro de uma garrafa... muito difícil...
Porquê? Porque ser escuteiro nãos e define, vive-se... é mais do que o preencher de tempos livres... é o viver constante de uma Promessa! É ACREDITAR que a primeira pessoa a prometer foi Jesus Cristo! Prometeu a Sua vida por nós... e deixou-nos um Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!” Ser escuteiro consiste nisto... amar o próximo e saber que em Cristo ele é meu irmão e merece todo o meu esforço! Ser escuteiro é de facto a melhor aventura que podemos viver ao longo da vida! Ate chegarmos à Terra Prometida! Ate ao dia em que Junto de Deus seremos de facto Homens Novos! Ser escuteiro é acreditar...é sorrir...caminhar...chorar...sofrer...e acima de tudo, Amar! É montar tenda num dia de chuva e acreditar que amanha vai estar sol! É ficar acordado junto da fogueira quando o que mais apetece é dormir... é acolher e partilhar... é perceber que depois de 100 anos o caminho ainda agora começou e os desafios são constantes! É viver na alegria de não ter morada permanente... ser escuteiro... é tudo aquilo que no fundo me faz acreditar que a vontade e a amizade estão acima de tudo!
“O Amor pode não fazer girar o mundo mas tenho de admitir que faz a viagem valer a pena” (Sean Connery)
sinto-me:
Quarta-feira, 14 de Março de 2007
A DEVIDA COMÉDIA
Miguel Carvalhohttp://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=332941
Criancinhas
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
sinto-me:
Terça-feira, 13 de Março de 2007
Na era vitoriana, as calças não podiam ser mencionadas na presença de uma
senhorita.
Hoje, não fica bem dizer certas coisas na presença da opinião pública. O
capitalismo ostenta o nome artístico de economia de mercado, o imperialismo
chama-se globalização.
As vítimas do imperialismo chamam-se países em vias de desenvolvimento, o
que é como chamar de crianças aos anões.
O oportunismo chama-se pragmatismo, a traição chama-se realismo.
Os pobres chamam-se carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos
recursos.
A expulsão das crianças pobres do sistema educativo é conhecida sob o nome
de deserção escolar.
O direito do patrão a despedir o operário sem indemnização nem explicação
chama-se flexibilização do mercado laboral.
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das
minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria.
Ao invés de ditadura militar, diz-se processo.
As torturas chamam-se pressões ilegais, ou também pressões físicas e
psicológicas.
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões e sim cleptómanos.
O saqueio dos fundos públicos pelos políticos corruptos responde pelo nome
de enriquecimento ilícito.
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos automóveis.
Para dizer cegos, diz-se não visuais, um negro é um homem de cor.
Onde se diz longa e penosa enfermidade deve-se ler cancro ou SIDA.
Doença repentina significa enfarte, nunca se diz morte e sim desaparecimento
físico.
Tão pouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares.
Os mortos em batalha são baixas, e as de civis que a acompanham são danos
colaterais.
Em 1995, aquando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o
embaixador francês na Nova Zelândia declarou: "Não me agrada essa palavra
bomba, não são bombas. São artefactos que explodem".
Chamam-se "Conviver" alguns dos bandos que assassinam pessoas na Colômbia, à
sombra da protecção militar.
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e
Liberdade a maior prisão da ditadura uruguaia.
Chama-se Paz e Justiça o grupo paramilitar que, em 1997, metralhou pelas
costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, no
momento em que rezavam numa igreja da aldeia de Acteal, em Chiapas.
O medo global
Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.
Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.
Os automobilistas têm medo de caminhar e os peões têm medo de ser
atropelados.
A democracia tem medo de recordar e a linguagem tem medo de dizer.
Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas.
É o tempo do medo.
Medo da mulher à violência do homem e medo do homem à mulher sem medo.
Eduardo Galeno
23/Fev/07
sinto-me:
* O teu compromisso de honra* Obter a tua máxima insígnia* Cantar à volta de uma fogueira* Apaixonares-te num acampamento* Usar com orgulho o nosso uniforme em todas as circunstâncias* Fazer uma actividade à chuva* Acampar depois de uma longa caminhada* Fazer amigos* Poder ajudar quem precisa* Comer do mesmo prato e beber do mesmo copo que a tua equipa ou clã* Contar anedotas quando não se tem nada para fazer* Deitares-te a ver as estrelas* Fazer de 1 amigo, 1 Escuteiro* Praxar toda a gente que esteja a dormir* Contar histórias de noite* Suportar a altura das necessidades (quando não se tem papel...=þ)* Ensinar algo a alguém mais novo que tu* Fazeres um bom trabalho e orgulhares-te dele* Cantar os hinos das tuas melhores actividades* Comemorar o aniversário de agrupamento com todos os que também fazem parte dele* Sair directo de 1 acampamento ou actividade para o banho* Saber o que fazer num acidente* Aqueceres-te à beira da fogueira na altura do frio* Sentir que não estás só* Saber o que significa um "irmão escuteiro"* Participar em uma cerimónia* Dar o grito de patrulha* Partilhar tudo o que tens* Perderes-te e depois achares o caminho certo* A diferença com que diferença vais e voltas de uma actividade e o estado do teu uniforme* Servir sem esperar nada em troca* Chegar a velho e sentir o mesmo espírito Escutista de sempre* Ter amigos em todo o mundo e mesmo distantes, continuar a recordá-los, com saudade* Recordar esse último grande abraço, como o primero de uma grande amizade
Autor desconhecido
Quinta-feira, 8 de Março de 2007
"Escutismo, esta aposta
Grande sonho de B.P
O Oeste a nossa costa
Servir o outro sem porquê"
Mais uma vez, lá partimos nós à aventura! Era sexta-feira e estávamos a rumar para Salir do Porto, mais propriamente para o Centro Escutista do Oeste. É sempre bom partir de mochila às costas, montar tendas...poder respirar bem fundo todo aquele ar puro! É tão bom poder rever caras que já não víamos há muito tempo... mas também as outras que estão mais presentes. É bom montar tenda e saber que vamos partilhar um fim-de-semana com outros irmãos caminheiros que partilham um mesmo ideal.
Foi nesse fim de dia de trabalho ou de aulas que montámos as nossas tendas, ou melhor, os nossos hotéis ambulantes! Depois disso, a Rita das Caldas começou a chamar por nós para entrarmos nos tradicionais jogos de “quebra gelo”! Sabe sempre bem cantar e saltar o famoso “saltipok”! Após o gelo quebrado foi tempo de relembrar que estamos no ano de Centenário do Escutismo e por isso vimos um filme sobre o primeiro acampamento de escuteiros na ilha de Brownsea, com o nosso querido fundador Baden-Powell. Depois de tudo isto foi tempo para uns de confraternizar e para outros de ir dormir porque a noite já ia longa e o dia seguinte seria exigente. Nasce o sol e com ele ouve-se o apito do chefe... estava na altura de acordar! Alvorada! Depois do pequeno almoço, tivemos uma palestra com três militares da GNR, sobre protecção do meio ambiente. É sempre bom ter presente e pôr em pratica a lei: ”O escuta protege as plantas e os animais”. Daí ganhámos forças para irmos o Serviço que nos ocuparia o dia todo: limpar a mata que pertence ao CEO. Foi uma tarefa árdua e muito cansativa mas sempre feita com alegria, própria de quem serve! O trabalho não ficou todo acabado mas creio que valeu a pena o esforço!
Ainda no sábado à noite tivemos o nosso Fogo de Concelho sempre animado e no Domingo de manha fomos até à praia para, em conjunto com os escuteiros marítimos fazermos actividades náuticas. Pior foi mesmo quando começou a chover. Quem estava dentro de água não estranhou...mas quem estava nos jogos de praia ficou com a manhã estragada.... Mas é na adversidade que um escuteiro deve ser exemplar e por isso não desanimámos.
Já depois de estarmos em campo e fardados, celebrámos a Eucaristia e desta forma terminámos mais um Caminho de Emaús, desta feita com uns tímidos raios de sol! Para o ano há mais! Foi com orgulho e alegria que deixámos para trás o CEO "um pouco melhor do que o encontrámos". Cem anos de escutismo deixam hoje em nós marcas muito profundas que nos fazem sorrir e acreditar que ser Homem Novo será sempre o nosso ideal de vida! Partimos com um sentido de fraternidade e com a consciência de que somos cerca de 28 milhões... Dá que pensar, não dá?
sinto-me:
Quinta-feira, 1 de Março de 2007
“ Se já vistes a peça ” Peter Pan”, haveis de recordar-vos de como o chefe dos piratas estava sempre a fazer o seu discurso de despedida, porque receava que, quando lhe chegasse a hora de morrer, talvez não tivesse tempo para o fazer. Acontece-me coisa muito parecida e por isso, embora não esteja precisamente a morrer, morrerei qualquer dia e quero mandar-vos uma palavra de despedida.
Lembrai-vos de que é a ultima palavra que vos dirijo, portanto, meditai-o. Passei uma vida felicíssima e desejo que cada um de vós seja igualmente feliz.
Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador para sermos felizes e apreciarmos a riqueza, nem simplesmente do êxito de uma carreira, nem dos prazeres. Um passo para a felicidade é serdes saudáveis e fortes enquanto sois rapazes, para poderdes ser úteis e gozar a vida enquanto fordes homens. O estudo da Natureza mostrar-vos-á coisas belas e maravilhosas de que Deus encheu o mundo para vosso deleite. Contentai-vos com o que tendes e tirai dele o maior proveito que puderdes. Vede sempre o lado melhor das coisas e não o pior.
Mas o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes e, quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes, sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem. Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes. Apegai-vos sempre à vossa promessa escutista, mesmo depois de já não serdes rapazes, e Deus vos ajude a proceder assim.
O vosso amigo, Baden-Powell of Gilwel”